A primavera chegou, e
juntamente com ela o seu esplendor, mas será que teremos flores desabrochando
em uma época em que o clima encontra-se totalmente descontrolado? É triste
ouvirmos o mundo gritar de dor. O inverno não é mais inverno, e olha que este
já passou.
Tive a oportunidade de
conhecer um local chamado Inhotim, e recomendo este lugar para aqueles que
desejam fazer uma reflexão não apenas cultural, mas, também, uma reflexão
acerca da saúde do planeta.
Inhotim está situado no
distrito de Conceição de Itaguá, mais precisamente no município de Brumadinho
Estado de Minas Gerais. É encantador e de encher os olhos, seja pela arte que está
espalhada pelo parque, bem como a biodiversidade existente.
Ao caminhar pelo parque,
tive a experiência de entrar em um local chamado “Doug Aitken” esse local me chamou atenção por ser uma construção
arredondada construída de concreto e vidros, e em seu interior existir um
buraco que possui uma profundidade de 200 metros. Ao fundo deste buraco foram
instalados microfones que levam o som da terra até a cúpula de vidro
construída, onde conseguimos ouvir nitidamente os sons que a terra produz em
seu movimento.
É sem dúvida uma sensação única
e bem reflexiva para aqueles que tentam entender o que a terra fala. Mas, o que
eu pude ouvir foram gritos e pedidos de socorro, pedidos de ajuda, pedidos de
salvação.
Não tome esse discurso como
sendo um discurso ambientalista. Pelo contrário, deguste esse texto como uma
reflexão, e comece a refletir com uma simples pergunta: Será que estamos
buscando nossa própria destruição ao não olharmos com mais carinho as medidas
sustentáveis em nossa evolução tecnológica?
Essa pode ser tida como uma
única pergunta de várias outras que poderiam ser feitas, ainda mais depois de
analisarmos uma das frases do discurso feito pelo Senhor Secretário da ONU, Ban
Ki-moon, durante a Cúpula do Clima que acontece em Nova York:
“A mudança climática
é a questão crucial de nossa era. Está definido nosso presente. Nossa resposta
definirá nosso futuro”.
A evolução do homem é uma
coisa inevitável, ainda mais quando falamos da tecnologia, sendo fato que essa
evolução pode trazer bônus, mas também ônus, caso não sejam colocados freios
nas condutas humanas ao que tangem a degradação do meio ambiente.
Digamos que nós brasileiros
somos felizardos em termos uma boa parte do território tomada pela esplendorosa
Amazônia. Mas, infelizmente, o homem e sua ganância tentam de todas as formas
burlar e retirar toda matéria prima e transformá-la em capital para encher os
bolsos de pessoas gananciosas.
Ora, não sou contra o
capitalismo, pelo contrário, sou a favor de sua utilização como forma de
crescimento para a humanidade, porém não sabemos nos controlar e a ganância que
é algo inerente ao ser humano toma conta e faz o homem se desvirtuar do papel
de conscientização que deveria ter na sociedade e para com o planeta que é a
sua casa.
Simples ou não, cabe a todos
nós repensarmos o nosso papel nessa sociedade que degrada e esquece que devemos
cuidar da biodiversidade existente. Reflita um pouco, não plante uma árvore,
plante várias, mas plante também essa ideia de que podemos ter um pouco de amor
com a nossa única casa.
Escrito por: Arthur F. R. Matos
Revisão do texto: Adriano Faria